Domingo acordamos cedo, minha preoucupação era não correr o risco de demorar encontrar vaga perto de onde pegaríamos o ônibus de excursão. A saída do busão estava prevista para as nove então calculei não sair depois das oito e meia do hotel. Como era um passeio de dia inteiro e no dia seguinte deveria estar de volta a Madrid, fechamos a conta no hotel e deixamos as coisas no carro porque no retorno iríamos pra Lugo, cidade onde há uma muralha romana.
Depois do café olhando os dados de onde pegaríamos o ônibus descobri que ele parava também num outro ponto na saída da cidade, que parecia ser perto do nosso hotel. Fui perguntar onde era e descobrimos que era exatamente na lateral do hotel, ou seja, 20 passos. Tinha que ver a cara da Fernanda!!! Acordar cedo pra esperar pra ela é a morte! Dei mole, fazer o quê?!
Saída rumo Rias Baixas. O ônibus estava bem cheio e a viagem no geral, pra resumir, é daquelas tipo: chega num lugar, passada rápida nos pontos importantes com descrição feita pelo guia e tu tem depois 20 min pra correr e fazer o que dá pra fazer. Meio estressante? Pra mim não, eu sabia que iriar ser assim então...relaxei!
Primeira parada - Pontevedra. Cidade tem esse nome que significa Ponte Velha, e baseia-se numa ponte romana que hoje só existe a palavra ponte. Diz-se que a estrutura ainda é a da antiga. Sei não. Cidade marromenos.
De lá fomos para Combarro. Cidade muito, mas muito pequena, mas tem seu charme. Lugarzinho legal, com restaurantes com vistas privilegiadas. Não comemos, estávamos na correria dos 20min. Fernanda comprou uma bruxinha pra mãe (o lugar, a região tem muito disso, de bruxas, contos, etc.).
Continuando a viagem, próxima quase parada foi Sansexo, quase porque só passamos pelo local. Lugar de veraneio típico, com muito casarão, sem deixar de ter seu milharal e as vinícolas cerca. Paramos logo depois em O Grove. Outra cidade pequena, mas bem legal. Nesta cidade pegamos um catamarã para um passeio de 1h a 1h30min nos criadouros de marisco. Aí sim passeio gastronômico. Uns 5min depois de sair do porto fizemos a parada num dos criadoros e um cara desceu e começaram a explicar como se cria, tempo de crescimento do mexilhão que é produto principal e famoso da Galícia (premiado, qualidade indiscutível e tamanho surreal), mostrou algumas cordas com mexilhão, com ostras e com vieiras. A partir daí foi uma hora e qualquer de "degustação" de mexilhão, acompanhado de vinho branco da região. Sinceramente não sei quanto comi, mas foi próximo do limite do passar mal. A cada bandeija que acabava o cara do barco vinha e repunha. Sem noção!!! Bom demais. Lembrei do meu amigo Petraccone. Deveria estar lá com a gente.
Nesse barco conhecemos um casal de brasileiros, interior da Bahia, que estavam curtindo tipo uma 2ª lua de mel. Pessoal bacana.
Do barco, rolamos para a cidade pois ganhamos um tempo para almoçar!!! Tá de sacanagem que íamos almoçar! Andamos um pouco e paramos para um sorvete, afinal não houve sobremesa no barco.
De volta ao busão fomos para uma ilha que fica em frente a O Grove chamada....esqueci. Lugar legalzinho de gente rica que, fora as casas bonitas, de interessante tem um capela decorada toda em conchas de vieiras.
Final de excursão, voltamos para Santiago dando cabeçada dentro do ônibus. Descemos em frente ao hotel onde estava o carro, colocamos nossas coisas dentro do porta malas e....o carro não pegava! Domingo, 19:40h, longe de casa pra cacete e o bendito do carro me sacanea. Coloquei Fernanda no volante e comecei a empurrar pra tirar da vaga (subida) pra daí iniciar rampa abaixo a tentativa de saída. Foi cruel sacá-lo da vaga. Ainda mais depois de tanto mexilhão e sorvete. Conseguimos e fomos para Lugo torcendo para o carro não morrer e não parar no caminho. Em Lugo fiz uma passagem pela city de carro, sem parar, não tem nem foto, e paramos no hotel que ficava a uns 5km da cidade. Deixei o carro já pronto pra, caso precisasse, pegaria no tranco mais uma vez. Dia seguinte rumo a Madrid o carro não apresentou nenhum tipo de problema, foi só pra me fazer passar por Lugo sem foto e fazer a força que fiz em Santiago na saída. Sacanagem.