martes, 11 de octubre de 2011

Paixão por avião - parte I

Esses dias estava olhando o "nada" desde a minha varanda e comecei a relembrar meus tempos de infância, quando era moleque mesmo, e veio recordações de como poderia ter surgido essa minha paixão por avião. Na verdade surgiu um monte de imagens e com isso, um tanto difícil definir como tudo começou. Só dá pra saber que começou muito cedo.
De 1970 a 1977 eu vivi no bairro chamado Mosela em Petrópolis e é dessa parte que tenho mais recordações. Lembro exatamente de um aniversário em que ganhei um phantom da matchbox, aquela marca de carrinhos de ferro muito desejada na década de 70 e início de 80 para o pessoal da minha idade. O avião era vermelho e branco. Até bem pouco tempo atrás eu tinha ele guardado ainda, mas com tanta mudança eu já não sei que fim levou. Acredito que ele ainda possa estar em alguma caixa minha por aqui. A foto que postei é de um exatamente igual ao meu que achei na internet. Eu queria lembrar exatamente quantos anos estava fazendo , mas isso tá muito difícil descobrir, será que meu pai lembra???
Ainda dessa fase lembro do meu pai trazendo uma revista pra mim que tinha foto de aviões, sendo muitos de guerra. Caramba aquilo me deixava vidrado. Lembro direitinho de uma foto de meia página do concorde decolando que recortei e guardei por vários anos dentro de livro/revista. A revista, caso eu não esteja enganado, chamava-se Vrummm, ainda que eu não tenha encontrado nenhuma referência na internet desse nome de revista de aviação. Era uma época legal. Ganhei também um livro que se chamava "Todos os aviões do Mundo". Muito desenho e pintura de aviões. Pouca ou nenhuma foto, isso eu não consigo lembrar direito. Só me recordo que ele era de capa dura e azul.
Ainda desse período lembro que um vizinho da rua, filho do patrão da minha mãe ( que é costureira), por motivo de mudança, sei lá, estava se desfazendo de suas tralhas e, sabendo que eu gostava de avião, ele me deu um plastimodelo danificado pra ele, mas perfeito pra mim, de um Heinkel He219 OWL. Esse foi o avião que me deixou muito tempo vidrado. Ele tinha  o bonequinho do piloto dentro, os detalhes todos em escala enfim, meu avião preferido por muitos anos. Até hoje esse avião me emociona. Comprei na época em que tinha meus doze anos um para montar e tenho ele até hoje desmontado - foto (da antiga Revell brazuca). Depois de velho, mas precisamente em 2009 adquiri mais um modelo em escala para montar. Está aguardando minha aposentadoria par a eu poder me dedicar ao hobby novamente (atualmente vivo mudando de cidade e não dá para esse tipo de coisa - nos últimos 3 anos foram 3 mudanças e a mais próxima foi de 3000Km).
Kit da Revell comprado quando tinha meus doze anos. Heinkel HE 219, uma paixão de infância.
Após ter ganho o primeiro avião de montar, acabei por querer eu mesmo montar os meus. Meu pai incentivou e trouxe uma vez um, escala 1:144 para iniciar a bric¡ncadeira. Daí pra frente comecei a colecionar kits e a montá-los. O problema é que sempre fui um horror em pintura ou detalhamento, assim, meus kits ficavam bem brejos (feios), mas eu adorava todos. Até hoje tenho "preservados" alguns deles em caixas. Depois coloco as fotos porque no momento não há a menor condição de retirá-los da caixa (estou me preparando para uma nova mudança).




domingo, 9 de octubre de 2011

Finalmente Manaus

Após 25 dias de viagem de carro e um vôo de duas horas, finalmente chegamos a Manaus.
Foi bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque era uma nova fase da vida da gente que começava, num lugar que já conhecíamos bem. Ruim porque acabou a diversão. Agora é só trabalho.
Saímos na madruga de Belém com a chegada em Manaus ocorrendo às 04:00h da madruga (vôo 5317 da Trip - Embraer 170). O mais difícil estaría por vir, afinal teria de passar roupa para me apresentar no novo trabalho às 08:00h. 
Apesar de tudo, e como era também o primeiro dia, tudo foi tranquilo e sem stress.
Ano novo, vida nova.
No finger - chegada em Manaus

Desembarque em Manaus

De São Luís-MA a Belém-Pa

Saímos muito cedo de São Luís para evitar trecho noturno na chegada em Belém. Só não saí muito na madruga porque já sabia que o trecho que voltaria seria o mesmo esburacado, de asfalto horroroso na BR135. Na saída da cidade aproveitei para abastecer, seria um trecho muito longo e de cidades muito pequenas. Fui obrigado a acordar o frentista, faz parte.
A vantagem de sair tão cedo num dia 2 de janeiro é que praticamente não se tem trânsito pesado na estrada. Esse percurso entre São Luís e Belém foi o pior que fizemos em termos de qualidade de estrada. A saída  pela Br135 é muito ruim com buracos, asfalto irregular e quebra molas. Depois é o fato de passarmos muito dentro de pequenos povoados onde a sinalização é ruim, há o perigo constante de pedestres e motoqueiros desavisados, enfim, meio terra de malboro.
É asfalto ruim, carro na estacionado contra-mão, gente atravessando estrada...enfim, tem que se ter muito cuidado nas rodovias federais na região norte do país. 

Pessoas e animais cruzando a pista, acostamento impraticável, tudo exigindo muito cuidado na condução pelas rodovias nesta região. A sinalização também é péssima.

Como já estávamos no norte do país, nada mais natural que pegar uma daquelas chuvas que aparecem e somem rápido, mas que enquanto estão deixando cair água, sai de baixo...parece o fim do mundo por dilúvio.
Na minha segunda parada para abastecimento tivemos um pequeno percalço. O frentista ao invés de colocar na maquina do Visa R$86,00, colocou R$860,00. E  o pior é que aprovei e não vi o erro. Ele é que  me alertou logo depois de pegar o comprovante. O problema maior foi como estornar a compra já que ninguém sabia operar a máquina, nem o gerente/dono do posto. E eu estava com pressa, não queria perder tanto tempo por estar no trecho mais longo da vigem. Tentamos ligar várias vezes para o 0800 da visa, mas 2 de janeiro e no meio do nada, ninguém queria amizade. Acabamos com ele me passando a difereça em dinheiro e tudo certo.
Mas ao final, chegamos "bem a Belém" , com um sol de rachar e cansados depois de praticamente onze horas de viagem.
Chuva amazônica
Chegada a Belém é um pouco tumultuada pelo trânsito pesado a partir de Ananindeua. A sinalização também é precária. Junta-se tudo isso ao motorista pouco educado no trânsito e....depois de onze horas é difícil manter a calma.
Escolhemos um hotel próximo ao aeroporto, afinal iríamos ter de sair no dia seguinte na madruga para Manaus (Ibis aeroporto). O carro nós agendamos com uma transportadora que me levaria o mesmo de balsa até Manaus (10dias de subida pelo rio - previsto). Foi a mesma transportadora que já tinha levado o carro que passei pro meu cunhado em Recife - Destak. O carro+seguro, em cima do valor que passei de 65 mil, saiu por R$900,00. 
Ao final desta saga ficamos bastante satisfeito com a viagem de carro. Foi cansativo, isso é verdade, mas conhecemos tantos lugares maravilhosos no caminho, que compensaram bastante o desgaste da estrada. O ideal é fazer esse tipo de viagem com muito mais tempo para parar e muito mais cidades a visitar . É não ter pressa, mas infelizmente eu tinha data para começar a trabalhar em Manaus.
O carro correspondeu às expecativas. Robusto e confortável, aguentou até o trecho mal planejado de areia em Jericoacoara . Veio sem sustos e só foi dar prejuízo em Belém, mas não por culpa dele, mas por conta da sujeira e detritos normais nas ruas das cidades ao norte do país (tivemos o pneu perfurado por um prego em Belém. O prego devia ter uns 7cm.
Desde que saímos do Rio de Janeiro até nossa chegada a Belém, contabilizamos um total de 6.760Km rodados. Pena que não tirei a foto do hodômetro quando saí do Rio, só anotei o abastecimento. Nestes 6.760Km nós gastamos em combustível R$1.967.76 e o total de gasolina consumido foi de 773.92lt, o que deu uma média de consumo de 8,78Km/lt. 
Vou ficar devendo alguns dados da viagem  (gastos em geral). Acabei me perdendo nas contas e tenho que tentar encontrar comprovantes para tentar contabilizar tudo.
Prego que encontramos no pneu. Observei no estacionamento do hotel no nosso segundo dia de Belém.

Saímos do Rio com 10929km. A foto aqui foi feita no estacionamento do hotel em Belém, antes de deixarmos na transportadora.