viernes, 21 de noviembre de 2014

Mais um começo. Recomeço?

Esse ano tem sido uma sequência de novos desafios. Primeiro foi assumir a chefia de uma manutenção de aeronaves, com mais de 300 subordinados de diversos níveis. Foi sensacional, desafiador, mas infelizmente pra mim, felizmente para minha família, só durou seis meses. A idéia era reunir em um único grupo duas organizações distintas (localização/pessoal/cultura) mas que operavam o mesmo equipamento (economizar meios, unir esforços).  Aprendi muito e fiz meu máximo para acertar. O difícil foi realizar esse trabalho quando estamos reunindo duas culturas organizacionais diferentes em um mesmo ambiente, com 300 cabeças ansiosas e cada uma com seu desejo profissional e pessoal envolvidos nesta tarefa. Mas creio que o pior foi ser cobrado para que isso apresentasse resultado imediato. Impossível realizar em seis meses. Ainda mais quando se vai descobrindo aos poucos tantas deficiências, erros durante o processo de unificação. Acertar nesse caso parecia para mim começar de novo, meio que zerar o cronômetro. Mas infelizmente par isso eu não tinha apoio.  Ainda assim, digo sem sombra de dúvidas que foi o trabalho que mais gostei, que mais me desafiou, que mais me dediquei nos últimos anos. Ainda que sem reconhecimento algum pelo esforço, saí satisfeito com a tentativa e bastante satisfeito com o pequeno e seleto grupo de profissionais que me disponibilizaram para conduzir esta tarefa. Foi um grande escola.
Mas como comentei, esta empreitada não durou seis meses. Por questões políticas ou não, fui movimentado para outra organização.  De quase 400 subordinados agora tenho no máximo 4. Muito mais fácil administrar o dia. Tenho tempo de sobra para ler, raciocinar e pesquisar no trabalho. Tenho tempo para comer no intervalo de almoço sem me preocupar  com mais nada além da comida. Meu celular não toca mais. Gasto mais tempo nele agora com joguinhos do que com chamadas.
A boa notícia disso tudo é que, apesar de perder aquele trabalho que mais gostava, que me desafiava diariamente,  ganhei em qualidade de vida, tempo com minha família . Em um momento que recupero de um acidente grave e concomitante a isso preparo para minha "aposentadoria", nada mais justo e em bom tempo que conseguir mais tempo para mim.
Agora é seguir olhando adiante e preparar o caminho para o que teremos a seguir - férias eterna!



miércoles, 5 de noviembre de 2014

Mais do mesmo. Rio de Janeiro

Eu já havia me convencido de que eu era um chato, cri cri, velho, etc e tal (apesar de estar seguro que  não estou sozinho neste mundo, rs). Mas o que reparei ultimamente no meu ambiente de trabalho, conversando com vários colegas do Rio ou mesmo de outro Estado é a confirmação de que a loucura no trânsito da cidade é fato incontestável e de percepção coletiva. Alguns dos companheiros que já tiveram a oportunidade de passar um tempo fora do país citam estarrecimento ao tentar sobreviver nas vias cariocas. Lógico que não é exclusividade do Rio, eu recentemente escrevi sobre, quando da viagem que fiz Rio-Belém. Mas que estamos beirando o caos total, isso sim é verdadeiro. Respeito ao próximo não existe. Respeito às leis de trânsito também inexiste. E tanto faz se somos condutores ou pedestres a regra observada tem sido a mesma, ou seja, a de não respeitar qualquer regra. Vide exemplos:
Moto(s) fora da faixa limite do sinal e uma com garupa sem capacete. Normal. Cena do dia a dia.

Na foto seguinte, temos este trecho da Av. das Américas que, num intervalo de cem metros, há duas faixas de pedestre para o pessoal que desembarca da estação Bosque da Barra do BRT. Mas o absurdo diário é que muitos se arriscam atravessando uma faixa de BRT, duas faixas da pista principal da avenida e depois as duas faixas da faixa lateral das Américas. E para que isso? Para não andar 70, 100 metros.

Na sequência junto algumas fotos mais situações já consideradas normais aos olhos para quem frequenta estacionamento de shopping center, centros comerciais ou grandes mercados no Rio. As fotos retratam os absurdos de desrespeito que vai de invasão de calçadas a utilização de vagas privativas sem critério. Mas ninguém quer parar "longe" de onde está seu destino final. É muito doloroso e perigosos caminhar 20, 30 50 metros. Rs 




Desrespeito é total, quer seja com vaga de deficiente, com faixas de pedestres, locais não previstos e até sobre o calçamento que divide pistas dentro do aeroporto internacional do Rio de Janeiro. 

Entendo que todo esse caos que estamos vivenciando seja reflexo do que já havia postado antes, ou seja, a certeza da impunidade. Em shopping, aeroporto, centros comerciais, etc, os "malandros" sente-se seguros para desrespeitar sabendo que não haverá qualquer tipo de repreensão que lhes afetem o bolso. Mas até quando vivenciaremos esse desrespeito sem critério? Qual será nosso "final da estória"?

sábado, 4 de octubre de 2014

De volta aos 80

Estes dias estava dirigindo e escutando a rádio Kiss Fm, única opção realmente mais rock no Rio de Janeiro, e rolou uma entrevista com o guitarrista de uma banda brazuca chamada República.
Durante o diálogo o entrevistado comentou algo sobre um costume do início dos anos oitenta que me fizeram voltar no tempo, que era juntar os amigos para escutar o novo disco de uma banda que curtíamos. Que sensação gostosa relembrar aqueles dias maravilhosos junto aos amigos. Sentir a emoção do álbum novo. Era tudo muito legal. Passávamos horas comentando sobre estilos dos músicos, fazendo comparações, enfim, era uma curtição muito boa. Era sempre um grande encontro, reservado de grandes expectativas e, às vezes, um pouco de decepção. Isso infelizmente acabou. O tempo passa, não tem jeito.
Lembro até hoje de alguns álbuns que eu e os meus amigos escutamos juntos no passado. Lembro da emoção para ver o que vinha de novo no lançamento de Piece of Mind do Iron Maiden. O mesmo ocorreu quando do lançamento do Powerslave. A ânsia que rolou na espera para adquirir um exemplar de Lick it up do Kiss, o  primeiro álbum sem máscara da banda. Esse eu lembro de ficar horas na sala escutando sozinho no dia que comprei.























Bons tempos. 
O pior de tudo isso é não poder mais reunir com meu melhor parceiro de "álbum novo". Infelizmente ele teve  um fim trágico no inicio de 2013 vindo a falecer. Ironicamente eu quase fui neste mesmo ano por motivo muito semelhante (atropelamento em cima de duas rodas). De repente poderia ser esse meu amigo querendo me mostrar algum disco novo lá em cima.
Boa fase, grandes lembranças. Que pena que não podemos voltar no tempo.
Segue a capa de alguns discos que marcaram de alguma forma na minha memória essas audições em grupo.



A propósito, grande programa esse da Kiss FM, ancorado pelo Bruno Sutter que vai ao ar às sextas na rádio. Pena que no Rio de Janeiro a recepção da mesma anda uma titica. Faz umas três semanas que tenho de rever programa pela internet porque a rádio está inaudível. Coisas de Brasil.

jueves, 19 de junio de 2014

Mais uma tentativa

Já comentei antes da minha dificuldade em escrever e tentar manter um ritmo aqui.
Mais uma vez vou tentar retomar a atividade. Eu coloquei muita culpa no trabalho mas...sou um mané, não tem desculpa.

Nesses últimos meses bastante coisa mudou na minha vida. E mudou para melhor.
No início deste ano me livrei de um fardo muito grande que foi administrar um trabalho para o qual não me identifiquei. Foram dois anos difíceis, de muita frustração, mas que passou. Poderia se pensar que agora então ficou mais fácil. Mas, não. Ou como se diz hoje, SQN! Na verdade agora estou vivendo intensamente o trabalho tentando organizar algo que me deram para fazer funcionar e estou deixando minha família louca em casa. Dias tumultuados mas fazendo o que gosto. Louco isso, mas é paixão. E como qualquer paixão a frustração, as decepções e tudo mais de um relacionamento desse nível andam junto, coladinho. Mas como é trabalho e já estou velho, pelo menos ando com os pés no chão, não sofrerei mais como um garoto. E isso vai passar logo, pois já me sinalizaram a porta de saída para julho. Vida que segue.

Mas o que de mais importante ocorreu nesta virada de ano na minha vida não foi essa mudança no trabalho, mas sim a vinda da minha filha para viver junto, depois de dezesseis anos distante. Tem sido uma experiência incrível. Muito legal (apesar da fase aborrecente dela).
Apesar de todas as dificuldades dessa experiência de pai em tempo integral, e não mais de alguns finais de semana, estou curtindo muito. Presente dos céus essa guinada na vida.