miércoles, 21 de diciembre de 2016

Está chegando a hora!

Parece que foi ontem. Aquela ansiedade, frio na barriga, minha mãe chorando, um monte de gente estranha, e eu pela primeira vez ficando longe de casa, longe dos meus pais - 01FEV1985.

Depois de 32 anos de serviços prestados chegou a hora de ir embora. O momento agora que vivo é de grande ansiedade, mas o interessante é que não estou vivendo nada parecido com saudosismo, tristeza por deixar amigos no trabalho ou coisa parecida. Chega a ser estranho, mas o que vivo agora é um misto de desespero para que acabe logo, para que eu possa dar seqüência a essa nova etapa da vida. Ainda por esses dias participei de uma apresentação/palestra exatamente sobre isso, onde foi reunido um grupo de pessoas que estavam próximas da aposentadoria para nos incentivar a participar de um curso preparativo, com foco em trabalhar a mente de modo a iniciar o processo de desligamento gradual da dependência da rotina de trabalho, o que em muitas vezes é motivo de depressão pós aposentadoria. Vi ali, durante a apresentação, alguns já com sentimento de melancolia, uns bastante preocupados com o que virá dali em diante. Sinceramente me senti um peixe fora d’água. Estou tão tranqüilo com o virá pela frente, já vi tanta coisa que pretendo fazer daqui pra frente que já começo a ficar preocupado se terei tempo para tudo isso. Rsrsrs.
O que vivi ao longo de todos esses anos na profissão foram maravilhosos. Pude realizar um sonho de infância que era voar na Amazônia. O trabalho me deu oportunidade de conhecer gente muito bacana, lugares sensacionais no país e fora do país, mas o mais emocionante. lugares aqui onde muito poucos brasileiros puderam estar. Conheci um Brasil que o “Brasil” não conhece. Tive a oportunidade de fazer a diferença em muitas oportunidades voando esse Brasilzão. Muitas estórias pra contar. Logicamente que teve seus momentos ruins, gente que não vale a pena, mas isso não importa. O que vale mesmo é o que vivi de bom. Muito disso nas asas da Força Aérea. 


Bom, falta um pouco mais de dois meses para que eu alcance a tão sonhada alforria. Sonhada porque quero aproveitar o máximo que puder meu tempo que estará de certa forma livre de compromissos. Não pretendo mais me envolver profissionalmente com nada. Virar um vagabundo? Quase isso. Rsrsrs. Na verdade eu acabei tendo a certeza de que deveria me esforçar em aproveitar meus próximos anos após meu acidente. Não dá para ficar adiando planos de aproveitar a vida se ela, de um dia para o outro, pode simplesmente te dar um game over. E assim, vamos aquecendo já para o que será o primeiro grande evento de alforriado 2017 – mudança! ( nããããããooooo! Eu odeio mudança!!!!!!! Mas essa não tem jeito) 
Será que escrevo já sobre algumas ideias que tenho pra 2017?



No hay comentarios:

Publicar un comentario