lunes, 22 de octubre de 2012

Paixão por avião parte II

Como havia comentado anteriormente, ainda tenho restos de alguns modelos que montei na minha infância. E só os tenho porque meus pais conseguiram a façanha de guardá-los por anos enquanto eu fazia escola fora e me mudava daqui pra ali  e de lá pra cá constantemente.  
Nã tenho certeza qual foi o primeiro, mas acredito que o Boeing 727 da antiga Cruzeiro do Sul tenha sido meu primeiro modelo montado sozinho, sem a ajuda do meu pai (meu pai havia me ajudado antes com um na escala 1:144 anos antes). Pelo menos é o que vem na memória primeiro. Depois o 707 da Varig. Daí por diante seguiram vários outros, sendo que me lembro bem de um que namorei por muito tempo na loja e minha avó, no meu aniversário,  fez o favor de me ajudar a  comprar, um C-130 Hécules da Força Aérea Brasileira. Era uma loja que lembro vender de tudo, até panelas, que ficava na rua Montecaseros em Petrópolis - RJ, cidade em que vivi boa parte de minha vida. Mal podia imaginar que anos mais tarde, eu viria a ser piloto de tal aeronave.  Também possuo os restos mortais do modelo, muito mal montado e pintado obviamente, mas que traz ainda a bolacha (símbolo pintado) do 1º/1ºGT,  Esquadrão a qual deveria pertencer à época a aeronave matrícula FAB 2456  ( voei esta aeronave, mas quando o mesmo pertencia ao 1º GTT, baseado na Base Aérea dos Afonsos).
Kits montados com foto datada de 1980

O que restou dos primeiros kits que montei quando criança. Revell Brasil
Kit Revell do C-130 FAB 2456 com decalque do 1º/1ºGT. Kit montado lá por 1980/1981. Revell Brasil.
Lembro ainda que nessa loja que vendia kits havia um do Catalina (PBY-5 Consolidated Catalina) que eu era doido para ter. Infelizmente, como erámos desprovidos de uma situação financeira favorável (aprendendo a ser politicamente correto), eu só podia namorar o kit na loja.
Agora loja mesmo em Petrópolis era a CASA SEABRA. O que que era aquilo!!! Eu passava horas ali namorando os kits.  Essa loja também era a minha preferida na hora de comprar meus "botões" do jogo de futebol de mesa. A única coisa que não gostava muito na loja é que a dona que atendia eu a achava meio grossa. Coisa de moleque.
Eu tinha muito ciúme dos meus aviões e, por incrível que pareça, meus colegas de infância eram mais zelosos com meus modelos que os adultos que por vezes queriam mexer neles. Tive que remontar (colar) várias vezes hélices, trem de pouso e etc..
Nessa época, para sair de Petrópolis e ir ao Rio de Janeiro era um evento. Uma viagem e tanto. Lembro que meu pai tinha uma fusca bege e que aos domingos ele me levava ao aeroporto do Galeão para assistir o concorde pousar e decolar. Coitado, devia ser um sacrifício legal para meus pais porque o avião chegava as duas da tarde e só decolava por volta das 19:00h. Ficávamos esse tempo todo lá no extinto terraço panorâmico do Galeão. Eu tirava fotos e me achava o máximo. Eram fotos horrorosas, mas eu me achava. Sinceramente não sei se existem outras fotos da época, mas estas foram as que encontrei. Tenho quase certeza que deva haver outras de uma qualidade pouco melhor, não é possível que eu não conseguisse algo melhor que isso. Tenho que ver com meus pais, deve estar em alguma gaveta deles.
Na última foto à direita ainda se vê o Concorde estacionado. É só fazer uma forcinha que dá para ver que temos um 737-200 da Cruzeiro do Sul na 1ª foto e o 747 com pintura da TAP  na outras.




2 comentarios:

  1. Parabéns pelo blog... é isso aí, tem que ter paciência para parar e colocar os pensamentos no papel (ops, na tela) mas depois será muito gratificante ler e relembrar os bons momentos aqui expostos!!!

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  2. máquina Kodak Instamatic ou Love? rsrsrs...
    naquela época video-game não fez falta alguma; ou era Revell, Autorama ou Ferrorama!

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